quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Earth 2100: A Terra em 100 Anos

"Quando uma espécie se prolifera muito mais que as outras, sobrecarrega o sistema de apoio à vida que consequentemente entra em colapso."

Estima-se que o por volta do ano de 2015, atingiremos o ponto sem volta na degradação do planeta e suas consequências. Ou seja, a partir de meados desta década, nada mais que se faça será suficiente para frear os efeitos colaterais de todo estrago feito desde a industrialização. Isso significa que todos os processos que desencadeamos com nosso crescimento e consumo desordenados, não poderão mais ser parados até que cumpram seu ciclo e tudo que nos restará será olhar e esperar pelo período em que as mudanças começarão a surtir efeito. Não sem antes sofrer as consequências das mudanças que não conseguiremos mais impedir.
O documentário Earth 2100, da rede americana ABC mostra como esbanjar recursos naturais não pode ser uma boa idéia para a humanidade. A história é contada em primeira pessoa, como se fosse o relato de uma mulher que nasceu em 2009, contando a história até 2100. Crise do aquecimento global, crise energética,pestes, metrópolis inundadas etc. Todos estes cenários catastróficos são abordados no documentário, que longe de ser alamistra, mostra que em breve pode ser tarde demais para resolvermos estes problemas que podem afetar nossa civilização. Há uma grande crítica política ao "American Way of life", o estilo de vida americano que consome tantos recursos naturais.
Alguns cientistas alertam que as degradações ambientais visita no início do século XXI só irão piorar a ponto de que, até o ano 2100, a civilização moderna entrará em colapso e a humanidade será mergulhado em uma subsistência feudal, nível semelhante ao da Idade das Trevas. Apresentado pelo jornalista Bob Woodruff, este documentário especial da ABC News imagina o que esse mundo cataclísmico sofreria através de animações e entrevistas com renomados cientistas e especialistas.


"To Change Our Future, First We Must Imagine It. Para Mudar Nosso Futuro, Primeiro Temos Que Imaginá-lo."
O documentário explora a pior perspectiva futura se o homem não agir contra os problemas atuais que ameaçam a civilização, como a mudança climática, o crescimento populacional e o mau uso dos recursos energéticos. Os fatos se desenvolvem paralelamente à vida da personagem fictícia, “Lucy”(contada através do uso de imagens e animações), enquanto ela relata como eles afetaram a sua vida. O programa inclui previsões da Terra nos anos de 2015, 2030, 2050, 2085 e 2100, feitas por cientistas, historiadores, antropólogos e economistas, incluindo Jared Diamond, Thomas Homer-Dixon, Peter Gleick, James Howard Kunstler, Heidi Cullen e Joseph Tainter. Segundo o produtor Michael Bicks, “o programa foi criado para mostrar a pior perspectiva para a civilização humana. Porém, não afirmamos que esses fatos irão se concretizar —mas, se falharmos em resolver problemas como a mudança climática, o esgotamento dos recursos e a super-população, é provável que se concretizem”.
Parece inconcebível que a sociedade moderna, o mundo moderno que conhecemos possa ruir. Mas cada sociedade que desapareceu pensava que isso não ocorreria a ela. Como por exemplo o Império Romano, a Civilização Maia, o Império Bizantino, a Civilização da Ilha de Páscoa entre outras tantas. Em seu auge, a civilização Maia tinha mais de 10 milhões de pessoas. Eles tinham astronomia, escrita, artes e etc. Eles eram o equivalente a nós em sua época. Mas cresceram demais e exauriram seus recursos.
O crescimento populacional significa demanda por terra, água e comida; e em consequência, o aumento do desmatamento e da erosão do solo, que acabam por levar ao estado de guerra.
E então o clima mudou de repente e houve uma série de secas longas. Assim, perde-se a floresta, perde-se o solo e se você perde o solo, não pode cultivar nada e se para de chover, então não há o que fazer. O fim dos Maias deve ter sido horrível.
O império Romano por sua vez enfrentou muitos dos problemas que enfrentamos hoje e assim tantos outros. Antigas civilizações perderam a luta, elas colapsaram como resultado da incapacidade de lidar com vários eventos diferentes simultaneamente. Nós não somos diferentes. Por exemplo: O que a civilização da Ilha de Páscoa estava pensando, quando eles derrubaram a última árvore?
O padrão é claro: As civilizações que crescem e consomem demais, destroem seu próprio sistema de suporte à vida e quando os recursos acabam, começam a lutar entre si pelo que restou, então morrem ou partem. A pergunta é: Em nosso caso, para onde iríamos???

"O colapso não acontece do dia para a noite. É o resultado do acúmulo de tensões, uma erosão da força interna da sociedade até que ele se torne uma casca de ovo e basta apenas um último impacto para quebrá-la."


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