quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Táxi Solar



Quando tinha 11 anos, o então estudante Louis Palmer ficou impressionado quando sua professora falou sobre aquecimento global e a possível escassez de petróleo no futuro. Ficou, então, imaginando o que poderia fazer para ajudar a resolver o problema. Aos 14 anos, o jovem decidiu que ia viajar pelo mundo num carro que não destruísse o meio ambiente. Naquele ano, em 1986, desenhou o primeiro protótipo do seu carro solar. Vinte anos depois, em 2006, Palmer fazia a primeira viagem-teste entre Suíça e Espanha com sua invenção.
Para realizar o sonho da construção do táxi solar, o suíço contou com a ajuda de várias universidades e institutos de pesquisa de seu país. O veículo é elétrico funciona com uma bateria Zebra (100% reciclável, feita de sal, cerâmica e níquel), produzida num tamanho menor para caber no carro. O táxi consegue rodar cerca de 100 km por dia e atinge velocidade máxima de 90 km/hora. Se for preciso andar mais de 100 km num dia, a bateria deve ser recarregada. O carro pesa cerca de 500 kg e consome 8 kWh/100 km, o equivalente a 0,81 litros de petróleo a cada 100 km. Para a viagem de volta ao mundo, Palmer acoplou um trailer de cinco metros, coberto com painéis de células solares. Isso não significa que o veículo precisa do trailer para andar, mas foi apenas uma forma do professor mostrar às pessoas como a energia solar pode ser facilmente captada.

A grande expedição começou em julho de 2007, quando o táxi solar deixou a cidade de Lucerna, na região central da Suíça. Palmer passou por países da Europa, Ásia, Austrália, América do Norte e, em breve, estará de volta à Europa. O final da maratona acontecerá no começo de dezembro, exatamente na cidade de Poznan, na Polônia, durante a 14ª Conferência Mundial sobre Mudanças Climáticas. O intuito da viagem é chamar a atenção de todos - autoridades, celebridades e a sociedade em geral - para a real possibilidade da produção em série de carros movidos com energia limpa, que não emitem CO2 na atmosfera e, conseqüentemente, não poluem o meio ambiente.
Recentemente, quando chegou à Nova York, Palmer disse que “o táxi funcionava como um relógio suíço. Não enfrentei problema nenhum durante a viagem e as pessoas simplesmente adoram o carro. Ele se tornou bastante popular e todos me perguntam onde podem comprá-lo”, conta feliz. Para ele, além de viável e não-poluente, o veículo solar é uma alternativa barata, que pode custar em torno de CHF 15 mil (cerca de R$ 24 mil). O que mais encarece o projeto é o preço da bateria. “Mas se houver uma produção de baterias em massa, é óbvio que o custo vai cair”, afirma.


 (PLANETA SUSTENTÁVEL, ttp://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/desenvolvimento/conteudo_393971.shtml, 24/10/08).

Nenhum comentário:

Postar um comentário