quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Ônibus Movido a Metano



A cidade de Manila nas Filipinas é umas das cidades mais poluídas do mundo, então para tentar melhorar esse quadro, a integrante do Greenpeace Athena Ballesteros teve a idéia de criar a versão elétrica do jeepney, um veículo de transporte coletivo local. Um jeepney elétrico está sendo apresentado como a primeira fase de um projeto chamado de cidades eco-amigáveis, a campanha é liderada pelos Produtores Independentes de Energias Verdes e Renováveis (Gripp), o Greenpeace e organizações não-governamentais.
O jeepney Gripp é alimentado por seis baterias de 12-volts. Seu motor elétrico é similar a de um grande ventilador elétrico, e ele pode viajar por 120 km. O e-jeepney não tem emissões, e desliga o motor automaticamente quando para, poupando as baterias.
O protótipo pode ser ligado a uma tomada normal, mas o plano é ter um biodigestor para produzir a eletricidade. A eletricidade usada para movimentar o jeepney será extraída do lixo por um biodigestor que capta o metano usado para gerar energia. Dessa forma, além de ajudar a facilitar as licenças e cumprir outras regulamentações governamentais, a fim de obter o e -jeepney na estrada, a cidade que quiser experimentar o e-jeepney deverá também retirar o lixo da terra para um biodigestor, o que irá gerar eletricidade a partir de resíduos biodegradáveis, bem como a promover um sistema dedicado de coleta de resíduos e separação dos resíduos.

Desta forma, afirma Ballesteros, “O biodigestor também irá ajudar as cidades a cumprirem a lei de gestão dos resíduos sólidos, que obriga as cidades a separar o lixo. Noventa por cento das cidades de todo o país ainda não seguem esta lei”. O protótipo, com um corpo de alumínio e fibra de vidro, foi importado da China. O consórcio Inked, tem um acordo com a Associação dos Fabricantes de Veículos e peças de Automóveis das Filipinas para produzir o e-jeepney localmente. Gripp tem esperança de ter um protótipo montado em seis meses nas Filipinas. Mas algumas peças tais como o motor, baterias e controlador teriam ainda de ser importadas, pois não existe ainda nenhum know-how tecnológico local necessário para produzir essas peças.

 (DISCOVERY CHANNEL – ECÓPOLIS, episódio 02, 13/10/08; e PCIJ.ORG, http://pcij.org/i-report/2007/green-alternatives3.html, 25/10/08).

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