Se você acha que isso é muito complicado, e que, ademais, não é problema seu, leia com atenção:
"Se todos habitantes do planeta tiverem os padrões de consumo dos países ricos, precisaríamos de quatro planetas para sustentá-los, isso se considerada uma taxa zero de crescimento."
Nossa
conturbada relação com o meio ambiente
Eis que os dois itens mais fundamentais para a existência do
ser humano estão causando preocupação. Água e comida não têm um futuro tão
certo e garantido quanto imaginava o senso comum, mas medidas eficientes para
reverter o problema ainda estão longe de fazer parte do cotidiano da população
mundial.
A comida está ficando cara e ameaça escassear devido ao
crescimento da população. Em 2050, prevê-se que já seremos 9 bilhões de pessoas
a povoar a crosta terrestre. As necessidades e os hábitos alimentares dessa
gente toda, aliados às transformações climáticas por que passa o planeta
colocam em xeque nossa (do ser humano e da Terra) capacidade de produzir
alimento para todo o mundo. Ao mesmo tempo, começamos a ver se multiplicar
alarmes sobre a finitude da água potável, também sob influência das mudanças no
clima combinadas com o desperdício e a poluição.
Tanto o problema da comida quanto o da água derivam da
conturbada relação do homem com o meio ambiente. Incluem-se aí os hábitos
alimentares e o descaso com a natureza (geralmente deixamos de considerar que
somos parte dela), e acrescentem-se as loucuras do cotidiano, a falta de
cuidado com a saúde, o individualismo. Deste último resulta o desperdício. O raciocínio mais fácil
é o de que não preciso economizar água porque pra mim nunca vai faltar. Moro em
um país rico em fontes de água e vou morrer antes de ver o problema chegar por
aqui. É mais fácil não me preocupar. Me fecho no meu mundinho e esqueço que um
dia meus descendentes e tanta gente mais vai sofrer por causa do meu descaso.
A falta de cuidado com a saúde está vinculada à
loucura do cotidiano e acaba gerando os péssimos hábitos alimentares, que vão
por fim refletir na produção de alimento. Nossa relação com a comida é
artificial e distante. Não percebemos o alimento que ingerimos, porque ele vem
transformado em algo que nem de longe lembra o original que saiu da terra. Não
sentimos mais o gosto da comida. Não valorizamos o sabor natural de uma fruta.
Não o conhecemos mais. Já assimilamos o morango sem gosto infestado de
agrotóxicos ou o milho geneticamente modificado – maior, mais amarelo, mais
calórico e menos saudável e apetitoso. Perdemos por quase todos os lados.
Ganhamos em quantidade, mas não temos o prazer da comida e ingerimos produtos
artificiais que não fazem bem ao nosso organismo. E a quantidade que “ganhamos”
com as modificações genéticas e os agrotóxicos já são logo anuladas pelo
desperdício e a má distribuição de alimento no mundo. Isso, sem falar na crueldade para com os animais que são criados para consumo, a forma como os criamos e os matamos, além dos venenos (remédios, hormônios, estresse e até agrotóxicos) que utilizamos e por fim consumimos em suas carnes.
Comemos
muito por um lado e muito pouco por outro. Nossa sociedade se acostuma cada dia
mais com a obesidade – fruto dessa artificialidade do alimento, da comida
rápida, da ansiedade – e com a anorexia – que deriva da exigência insana por um
padrão esdrúxulo de beleza. Não temos mais a relação natural com o alimento, de
comer quando, quanto e o que o corpo pede. Perdemos nossas características
instintivas mais elementares.
A Dificuldade da Mudança"O segredo está no equilíbrio. O equilíbrio é o tesouro do sábio."
Quem ainda não ouviu que o ser humano tem dificuldade para mudar? A resposta para isso não é única; temos a explicação evolucionária que diz que as rotinas nos ajudam a sobreviver já que temos nossos riscos diminuídos quando estamos em terreno conhecido. Mas, afinal, o que faz com que muitas vezes evitemos mudar mesmo quando em profunda infelicidade?
Tomamos decisões que nem sabemos que são nossas. Quantas vezes nos deparamos dizendo coisas ou tendo as mesmas atitudes que condenamos em nossos pais, professores ou mídia por exemplo? Todo esse conteúdo está nas nossas escolhas e tomadas de rumo na vida. Mas isso é realmente seu? Sua vida seria a mesma se seus país e familiares fossem diferentes? Se seus parentes e amigos fossem outros, você estaria hoje trabalhando onde está, namorando ou casado(a) com seu parceiro(a)? Reflita sobre isso!Nossa mente é composta somente por memórias, pelo passado. Desde que nascemos, somos preenchidos pelo que vemos, ouvimos repetidamente, sentimos, cheiramos, etc., formando nossos conceitos e opiniões. Tudo que nossa mente tem é o nosso passado, tudo que ela analisa é baseado em experiências ou em conhecimentos anteriores, muitos deles que recebemos na nossa educação. Tomamos decisões baseadas no que está depositado nesse “arquivo” e nos sentimos culpados quando desafiamos o que ele contém.
A falta de tempo é frequentemente mencionada como uma causa para não mudar, especialmente entre a população mais jovem e com estudos superiores. A recusa em prescindir de certos hábitos e a falta de vontade também fazem parte da resistência demonstrada.
Viver é estar sempre pronto para mudar, afinal mudamos a cada segundo. Desde que você começou a ler esse artigo, milhares de células suas morreram e outras nasceram, portanto você não é mais a mesma pessoa. Isso significa que mudar de idéia, faz parte do processo do que é vivo e se desenvolve. Não tenha medo da mudança, reflita se seus conceitos de vida são realmente seus, se concorda mesmo com eles. Nem tudo que já foi bom permanece bom. Às vezes a validade expira…
O “novo” dá medo por que é desconhecido. Não há registro do novo na mente, lá só tem o passado. Tem aquela sensação interior que muitas vezes nos empurra para frente, mas o medo paralisa. É muito comum nos deixarmos chegar até o fundo do poço para só então virarmos fênix para ressurgirmos das cinzas. Essa situação limite parece uma desculpa para não termos outra alternativa que não seja se jogar no desconhecido.
E é aí, justamente que está a grande dificuldade de mudar, seja o que for. Como a nossa mente só trabalha com o conhecido, o “novo” significa o desconhecido, o risco. E ainda, para piorar, procuramos uma segurança impossível de ser atingida, e que não tem a ver com o grande mistério e risco que é viver.
Uma vez reconhecida a necessidade de mudar, as preferências pessoais representam a principal barreira. A criação de um ambiente que permita a escolha de uma vida diferente é particularmente importante.
Mudanças de hábitos não são fáceis, pois envolvem alterações nos hábitos que têm vindo a ser estabelecidos ao longo dos anos. Manter a mudança do comportamento é ainda mais difícil e requer motivação, controle comportamental e apoio social.
Mesmos os indivíduos mais motivados, muitas vezes, voltam aos seus hábitos antigos devido às dificuldades encontradas.
"Eu acho fascinante que a maioria das pessoas planeje suas férias com mais cuidado do que planejam suas vidas. Talvez porque fugir é mais fácil que mudar. (Jim Rohn)"
Uma das grandes dificuldades de fazer uma mudança na nossa vida é a crença de que não somos capazes. Esta crença é responsável por vários de nossos fracassos e de diversas vivências que não nos permitimos por medo de não dar conta. É esta crença que nos impede de sair de um relacionamento que está nos enlouquecendo, deprimindo, inferiorizando. A dificuldade que temos de nos livrar de pensamentos antigos sobre nós mesmos, que são herança da crítica que nossos pais, parentes, amigos e conhecidos nos fizeram ao longo da vida nos levando a desacreditar da nossa capacidade.
Tem dificuldade de mudar quem não encontra graça em si mesmo, que se auto define pelo o que lhe disseram que você era, quem destrói o seu amor próprio, quem não se deixa ajudar, quem se transforma em escravo do hábito, quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, quem não se perde, quem destrói o seu amor próprio, quem não encontra graça em si mesmo... Somente a mudança nos permitirá passar a limpo o que escrevemos neste rascunho mofado e velho que se chama passado.
"Conta certa lenda, que estavam duas crianças patinando num lago congelado. Era uma tarde nublada e fria e as crianças brincavam despreocupadas. De repente, o gelo quebrou-se e uma delas caiu, ficando presa na fenda que se formou. A outra, vendo o seu amiguinho preso e se congelando, tirou um dos patins e começou a golpear o gelo com todas as suas forças, conseguindo por fim quebrá-lo e libertar o amigo. Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino: “Como conseguiste fazer isso ? É impossível que tenha conseguido quebrar o gelo, sendo tão pequeno e com mãos tão frágeis!” Nesse instante, um ancião que passava pelo local, comentou: “Eu sei como ele conseguiu.” Todos perguntaram: “ Pode dizer-nos como ?” “É simples”, respondeu o velho... “Não havia ninguém ao seu redor para lhe dizer que não seria capaz”, (Albert Einstein)."
Mudança de paradigma é uma expressão utilizada para descrever uma mudança nas concepções básicas, ou paradigmas, dentro da teoria científica dominante. É uma ideia em contraste com a de ciência normal. Desde a década de 1960, o termo tem também vindo a ser utilizado em contextos não científicos, para descrever uma mudança profunda num modelo fundamental ou na percepção de eventos.
O que é extremamente necessário nos dias de hoje é uma mudança de padrões, conceitos, costumes e paradigmas.
“Nenhuma mudança é possível antes que você morra”. Esse “morrer” na verdade é o desprender-se desse conjunto de pensamentos e idéias a que estamos amarrados e forjados."
Se
não pode fazer tudo, faça tudo o que puder!
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