segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

A Indústria da Comida

Super Size Me: A Dieta do Palhaço!


Neste documentário, o cineasta Morgan Spurlock resolveu ser a cobaia para o tema de sua produção, sobre a indústria da comida fast food nos EUA. Comendo, rigorosamente, somente alimentos de uma lanchonete fast food famosa no mundo inteiro – três vezes ao dia durante todos os dias do mês -, Spurlock prova os efeitos mentais e físicos de se comer somente alimentos vendidos nesse tipo de lanchonete. Enquanto faz essa experiência, Spurlock mostra a cultura do fast food nos EUA.
Produção independente, Super Size Me, mostra o que acontece quando uma pessoa saudável (no caso, o próprio diretor) passa 30 dias comendo apenas e tão somente em McDonald´s. Ganho de 11kg de peso, problemas no rins, fadiga, colesterol, são apenas alguns dos vários sintomas acumulados durante esse curto período. Mostra também todas as ferramentas que o McDonald´s usa para seduzir as crianças, através do uso de comerciais de TV, brinquedos e até desenhos animados.
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Food Inc.


Se você ainda acredita nas imagens das belas fazendas estampadas nas embalagens da comida que você compra nos supermercados, assista a esse filme.
Um número reduzido de poderosas corporações está dominando quase todo o mercado americano de comidas. E sendo corporações, a visão sobre o assunto é lucro e não saúde. Talvez seja por isso que a maioria dos diretores dos órgãos de controle nos EUA seja ex-funcionários de grandes empresas.
Veja como isso se reflete na qualidade dos produtos que ingerimos, veja como estão mudando a criação desses animais e como estão mudando esses próprios animais. Conheça os riscos para as pessoas e para o planeta.
Para qualquer um que busque qualidade de vida e saúde, sugerimos assistir a esse documentário.


A saber, o filme não trata apenas da carne, então não pense que é um filme para vegetarianos e por odia-los não vá assistir. Recomendo muito que você assista, os problemas apresentados são sérios demais e nós podemos fazer alguma coisa a respeito, você pode, comece assistindo.
Documentário que apresenta um desgradável olhar ao mundo corporativo da indústria de alimentos nos Estados Unidos. Se por um lado ela segue a evolução no quesito tecnógico, por outro – graças ao consentimento do governo americano por meio das agências regulatórias -, a indústria possui um método de trabalho mantido em segredo dos consumidores. Com essa premissa, o filme discute o fato de que o suprimento de alimentos é controlado por algumas poucas corporações que frequentemente objetivam mais os lucros do que a saúde daqueles que consomem seus produtos. São, em boa parte, alimentos que chegam ao mercado contaminados por bactérias que causam, anualmente, doenças a cerca de 73 mil americanos.

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Documentário: Não Matarás!!!

Quando você toma um remédio, sabe como ele foi criado? Quando você passa batom, sabe realmente o que está colocando em seus lábios? Lanolina, queratina, ácidos graxos… de onde vêm as substâncias que deixam seus cabelos macios e sua roupa ainda mais branca? A cada dia, o consumidor tem produtos novos à sua disposição nas prateleiras do supermercado. O apelo ao consumo é cada vez maior e os lançamentos sempre vendem uma nova fórmula mágica. Mas o que acontece para que esses produtos tenham seu consumo permitido? Por trás dos rótulos atraentes e das promessas de efeito miraculosos está o sofrimento de milhões de animais que serviram como cobaias dos testes. Os resultados – cada dia mais contestados – são extrapolados para humanos, e sua eficácia está sendo cada vez mais questionada. Eles são seguros? Até quando casos como o da talidomida continuarão a acontecer? Os testes que põe em risco a sua saúde e ceifam a vida de milhões de animais são justificáveis? Este é o tema principal do documentário Não Matarás – os animais e os homens nos bastidores da ciência, um olhar abrangente sobre o sistema que mata mais do que salva. O uso de animais no ensino, o medo dos estudantes em expressar sua rejeição a esses métodos cruéis, a continuidade de um pensamento acadêmico já ultrapassado. Filósofos, cientistas e ativistas revelam o que é mantido em segredo.”


Essa é apresentação do filme do Instituto Nina Rosa sobre Vivissecção e testes em animais. O filme é muito pesado, porém é indicado para todos que querem saber a respeito do assunto. Clique aqui para ver a playlist dos filmes disponíveis no Google. Consulte também o link do PEA a respeito do assunto.
Mas vamos para a parte prática. Como nós podemos fazer nossa parte? É muito simples. Devemos evitar comprar de empresas que fazem testes em animais. Em todo segmento é possível encontrar pelo menos uma empresa que não faz testes em animais. Até as empresas do segmento de ração canina fazem, mas é possível escapar delas também.
O PEA publicou uma lista com as empresas que NÃO fazem testes em animais. Consulte a lista, imprima e envie para seus amigos. Veja como a lista é extensa e você não precisará mudar seus hábitos (apenas marcas) para conseguir fazer sua parte. Também é importante conhecermos a lista daqueles que fazem testes em animais e merecem boicote! Segue a lista, também publicada pelo PEA.

Lista das empresas que TESTAM em animais:
Arm & Hammer
Bic Corporation
Church & Dwight
Clairol
Clorox
Colgate-Palmolive Co
Dial Corporation
Johnson & Johnson
L’Oréal
Max Factor (Procter & Gamble)
Mead
Melaleuca
Mennen Co. (Colgate-Palmolive)
New Dana Perfumes
Olay
Pantene (Procter & Gamble)
Physique
Playtex Products
Procter & Gamble Co. (Clairol, Cover Girl, Crest, Gillette, Giorgio, Iams, Max Factor, Physique, Tide)
Reckitt Benckiser
Schering-Plough (Bain de Soleil, Coppertone, Dr. Scholl’s)
S.C. Johnson (Drano, Edge, Fantastik, Glade, OFF!, Oust, Pledge, Scrubbing Bubbles, Shout, Skintimate, Windex, Ziploc)
SoftSoap Enterprises (Colgate-Palmolive)
Suave (Unilever)
Unilever (Axe, Dove, Lever Bros., Suave, Sunsilk)

Vicks (Procter & Gamble)
Como você pode ver a Procter & Gamble é uma das principais inimigas dos animais, portanto BOICOTE!


Além da lista divulgada pelo PEA veja abaixo as logomarcas das empresas que NÃO testam:



Uma Verdade mais que Inconveniente...

Meat The Truth: Uma Verdade mais que Inconveniente.



Documentário apresentado pela deputada e ativista holandesa Marianne Thieme que retrata as conseqüências do consumo da carne principalmente em relação ao meio ambiente, apontando a pecuária como o principal agravante do Aquecimento Global, até mesmo mais responsável pela devastação ambiental do que todos os meios de transporte do planeta juntos, segundo dados do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas). É uma resposta ao documentário “An Inconvenient Truth” (Uma Verdade Incoveniente), protagonizado por Al Gore, que trata de muitas causas do Aquecimento Global, mas que deixa a questão da pecuária de lado (por motivos políticos). Também aborda questões sócio-político-econômicas como a questão alimentar e surpreende quando prova que a pecuária é responsável direta pela fome no planeta.

Para dar comprovação aos dados mostrados, Marianne citou o estudo da FAO – Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação – que mostravam a pecuária como maior vilã do clima global. Com o devido embasamento, muitos pontos muito interessantes foram abordados com competência, tais como: Como é esse impacto tão grande da pecuária sobre o clima? Tornar-se vegetariano/a, ou deixarg de comer carne um ou mais dias por semana, faz alguma diferença? Por que Al Gore convenientemente omitiu a pecuária na sua “verdade inconveniente”? Por que os governos são coniventes com o impacto ambiental dessa atividade?

Meat The Truth (Carne, A verdade) é um material para reflexão sobre o modo de vida, o modelo de civilização, suas influências, os maus tratos aos animais, o consumismo etc.

Como todo bom documentário apresentador da alternativa vegetariana de alimentação, mostrou diversos fatores relativos à crueldade nas fazendas-fábrica, principalmente a debicagem de aves e o confinamento intensivo dos animais.Fez também o favor de reexibir o The Meatrix, aquela paródia de Matrix em que os personagens são bichos de espécies exploradas pela indústria de alimentos de origem animal.
Também deu a oportunidade de participação ao PETA e à Humane Society, além de mostrar a história do "Mad Cowboy", um ex-pecuarista que, depois de décadas na indústria da exploração animal, aprendeu a respeitar os animais e tornou-se vegetariano completo e militante pelos Direitos Animais.

Assista e se surpreenda com o que somos capazes de prevenir apenas transformando nossos hábitos alimentares, mesmo que não completamente. O vídeo fez muito bem seu papel de completar o que Al Gore havia deixado pendente. Meat the Truth é mais um documentário digno de ser exibido e distribuído para o máximo possível de pessoas, juntando-se aos brasileiros A Carne É Fraca e Não Matarás e ao tão falado Earthlings (Terráqueos).



A Carne é Fraca (documentário).



“Alguma vez você já pensou sobre a trajetória de um bife antes de chegar ao seu prato? Nós pesquisamos isso para você e contamos neste documentário aquilo que não é divulgado. Saiba dos impactos que esse ato – aparentemente banal – de consumir carne representa para a sua saúde, para os animais e para o Planeta.” – Sinopse feita pelos produtores.

O documentário conta com depoimentos dos jornalistas Washigton Novaes e Dagomir Marquezi, entre outros, como pesquisadores universitários.

É surpreendente, 80 por cento das pessoas que assistem ao filme nunca mais agem da mesma forma ao comer carne, sempre com um peso na consciência, e muitos, muitos mesmo, passaram a se tornar vegetarianos após ver esse filme, pois ele “abre os olhos”.

O filme apresenta algumas cenas fortes sobre o processo industrial da granja, do abate dos bovinos, entre outros animais. Algumas cenas são marcantes, como o abate dos bois; como tratam as galinhas, o famoso babybife, a “escolha” dos pintinhos. Porém, necessárias, pois esta é a intenção: causar impacto nas pessoas, pois de certa forma, infelizmente, a maioria hoje só toma uma atitude depois de um impacto muito grande.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Os Melhores Documentários

  • Earth 2100: A Terra em 100 Anos
  • Flow: Por Amor à Água - Flow: For Love of Water
  • Human Footprint - A Pegada Humana
  • Uma Verdade Inconveniente
  • The Age of Stupid. A Era da Estupidez
  • Ouro Azul: A Guerra Mundial pela Água
  • A Carne é Fraca
  • Não Matarás
  • Nação Fast Food: Fast Food Nation
  • Terráqueos: Earthlings
  • A Última Hora: The 11 th Hour
  • Grandes Mistérios do universo com Morgan Freeman
  • 2050: O Clima do Futuo
  • Planeta Terra: O Futuro
  • Powering the Future
  • Home (2009)
  • Ecópolis
  • Meat The Truth: Uma Verdade Mais que inconveniente
  • Wasteland: Lixo Extraordinário
  • Super Size Me: A Dieta do Palhaço
  • Sede, Invasão Gota a Gota: Sed Invasión gota a gota (2005)
  • The Future of Food: O Futuro da Comida
  • Who Killed The Eletric Car? Quem Matou o Carro Elétrico?
  • Cruzando o Deserto Verde
  • The Story of Bottled Water: A História da Água Engarrafada
  • Comprar, Jogar Fora, Comprar / Comprar, tirar, comprar (2011)
  • Discovery Channel: Transporte Alternativo
  • Discovery Channel: O mundo do Futuro
  • Viciados em Petróleo
  • O Fim da Linha: The End of The Line
  • Fuel (2008)
  • A Sea Change: Uma Mudança no Mar (2009)
  • Água: A Gota da Vida
  • Food Inc.
  • Quantas Pessoas Podem viver na Terra?
  • O Planeta Congelado
  • O Mundo nas Sombras
  • O Dia em que a Terra Parou
  • 2057 Discovery
  • Planeta Terra: A Terra Como Voce Nunca Viu
  • Terra: O Poder de um Planeta
  • A Cova: The Cove
  • Mudanças do Clima, Mudanças de Vidas (Brasil 2006)
  • Planeta Ciência

Veta, Dilma!!

Pedido urgente para a Presidente Dilma: evite uma catástrofe global!



Como brasileiros, somos privilegiados de termos algumas das mais belas e importantes florestas do mundo. A nova lei proposta pelo Congresso, porém, resultará na destruição de grande parte de nossa riqueza natural ao reduzir áreas de conservação.

Além disso, a alteração da legislação em tramitação no Congresso prevê a anistia para quem desmatou ilegalmente e destruiu milhares de quilômetros de nossa natureza. Ou seja, vamos premiar a destruição criminosa da floresta, ao invés de forçar a recuperação destas áreas.

As consequências serão sentidas em todo o planeta!

Caso seja implementado, a destruição causada pela nova lei implicará na emissão de 28 milhões de toneladas de gases poluentes (como o CO2)! Isto é equivalente ao que um país do tamanho da Inglaterra emitiria em 57 anos, agravando em muito a questão das mudanças climáticas.

Durante a campanha presidencial, a então candidata Dilma Rousseff assumiu um compromisso público de vetar qualquer iniciativa que beneficiasse desmatamento ilegal e promovesse mais destruição de florestas. Está na hora da presidente cumprir a promessa.

A decisão final está nas mãos da presidente Dilma Rousseff. Apenas ela pode evitar esta catástrofe. Adicione seu nome e email a esta campanha e nos ajude a dizer: "Veta, Dilma!"
Saiba mais sobre os riscos do novo código florestal!



Código Florestal: Entenda o que está em jogo!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

DIGA NÃO A USINA DE BELO MONTE!!



PETIÇÃO ONLINE CONTRA USINA DE BELO MONTE

A luta dos ativistas contra a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte ganhou não um, mas 19 reforços de peso. Isso porque atores e atrizes participaram de um vídeo promovido pelo Movimento Gota D'Água que questiona a construção da usina. A campanha ainda convoca os brasileiros a assinar uma petição que será entregue à presidente Dilma Rousseff pedindo a interrupção imediata das obras de Belo Monte e o incentivo a políticas alternativas de geração de energia limpas e justas para toda a população brasileira.Para assinar a petição é só clicar AQUI !

OUTRAS PETIÇÕES:
Outra Petição online Contra a usina, para assinar clique AQUI!
Outra Petição, para assinar clique AQUI!


"É a Gota D'Agua + 10"
Este é o primeiro vídeo do Movimento Gota d'Água e pretende envolver a sociedade brasileira na discussão do planejamento energético do Brasil através da obra da usina hidrelétrica de Belo Monte. link para assinar a nossa petição: www.movimentogotadagua.com.br


CONSTITUIÇÃO FEDERAL BRASILEIRA
CAPÍTULO VI
DO MEIO AMBIENTE
"Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações."

§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; (Regulamento)

IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; (Regulamento)
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; (Regulamento)

VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente;

VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. (Regulamento)

§ 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

§ 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.

Ação Popular contra Belo Monte

A ação popular é um instrumento jurídico e um direito fundamental garantido pela Constituição Federal, Art. 5º, que permite a qualquer cidadão brasileiro acionar o poder judiciário quando houver ato lesivo ou risco de lesão a patrimônio da União, nesse caso, ao meio ambiente.


BELO MONTE
Apesar de todo o investimento, a obra só produzirá um terço da sua capacidade, uma vez que aquela região ao norte do país "praticamente seca" durante oito meses do ano. Além disso, ela irá destruir 640 km² da floresta amazônica e desabrigará milhares de índios e ribeirinhos.
Obra e operação do projeto da UHE Belo Monte são um afronto ao rio, ao ambiente e à população que vive ali.
O projeto de Belo Monte não visa a sustentabilidade, mas ao crescimento econômico acelerado. Aceleração para quem? O povo simples já está trabalhando oito dias por semana – férias de dupla contagem – para ter uma existência humilde.
A licença prévia contem 40 condições, relativas à qualidade da água, fauna, infraestrutura sanitário ou à população afetada. Mas isto apenas em parcialidade corresponde às demandas dos atingidos pela usina. Por exemplo, pesquisas no processo de planejamento até agora são omissos em relação aos impactos sociais, migratórios e ambientais. Projetos anteriores mostram que condições e promessas nunca foram totalmente implementadas na prática.


Solidariedade!
Os povos indígenas, vivendo na Amazônia secularmente e afetados direta e indiretamente pela usina Belo Monte, reclamam a partir da Constituição Federal do Brasil de 1988 e da Convenção 169 da OIT ainda audiências, que realmente atendam a essas legislações.
O planeta Terra pertence a todos nós!!!!!

Neste planeta há apenas uma Amazônia com sua biodiversidade.

As inúmeras reclamações de agricultores, ribeirinhos e moradores das comunidades atingidas pela primeira etapa da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte - UHE/BELO MONTE, acusando a Norte Energia S.A. de arbitrariedades no processo desapropriatório e indenizatório, levou a Defensoria Pública do Estado do Pará, no município de Altamira, a ingressar com Ação Civil Pública no último dia 17 de outubro.
A ação Civil Pública foi distribuída na 1ª Vara Cível da Comarca de Altamira - PA, sob o número 0003927-12.2011.814.0005.


 
BELO MONTE:
A falsificação da maioria e a importância da democracia.
Em 10 de novembro de 2011, dia seguinte ao julgamento da primeira Ação Civil Pública impetrada pelo Ministério Público Federal contra a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, os arautos do desenvolvimento predatório, irresponsável, dependente e desigual lançaram-se na defesa do vexatório resultado do julgamento que, rasgando a Constituição de 1988, negou o direito dos povos indígenas de serem ouvidos sobre o projeto que afetará diretamente suas terras. 
Até ai tudo bem, já que não é novidade para ninguém que a defesa destas grandes “irracionalidades lucrativas” sempre os uniu. O que mais assusta são alguns elementos novos que estão presentes no editorial do jornal Brasil Econômico do dia 10 de novembro (A Exclusão da Maioria – http://www.brasileconomico.com.br/noticias/a-exclusao-da-maioria_109170.html ) e republicado algumas horas após no Blog gerenciado pela Norte Energia S.A. (NESA) (http://www.blogbelomonte.com.br/2011/11/10/brasil-economico-a-exclusao-da-maioria/): (a) a completa ignorância sobre o caso; (b) o tom arrogante, desrespeitoso e ditatorial da matéria, que aliás, aproxima-se muito da forma como a (NESA) vem conduzindo as negociações com as populações locais; (c) a tentativa de inverter e/ou depreciar conceitos e conquistas tão caras a sociedade brasileira, como a democracia. Sobre o primeiro, o editorial reproduz uma ideia completamente equivocada de que não há energia suficiente na região para atender a sua população e ao parque industrial. A construção das hidrelétricas no Brasil demonstra que quanto mais próximo uma comunidade esteja da hidrelétrica, menos é a chance dela ser abastecida por esta energia, já que economicamente é “muito oneroso” atender a estas populações. Aliás, não há melhor exemplo disso do que o que ocorreu com a construção da UHE de Tucuruí, também no Pará, que passou a fornecer energia para Manaus a poucos anos e até hoje ainda não fornece energia a diversas comunidades localizadas em sua área de influência direta. E isso não acontece pela falta de potencial da hidrelétrica, mas pela falta de vontade do governo federal em interligar o sistema energético em todo o País e de colocá-lo a serviço da população.
A possível falta de energia em futuro próximo também é uma grande mentira, já que a renovação tecnológica do potencial instalado no Brasil tem um potencial de produção de energia superior aquele previsto para Belo Monte no seu pico de produção, sem o ônus de novos impactos ambientais e sociais.
Outro elemento grave é o tom e os adjetivos que o jornal usa para expressar sua opinião. Termos como a “turma” do contra, inconsequente e intransigente são largamente utilizados para desqualificar os povos originários, as populações camponesas, o movimento social, os intelectuais e as parcelas do próprio Estado que se colocam contra este projeto, além de grandes parcelas do povo Brasileiro e da comunidade internacional.
Por fim, é providencial aos interesses ainda não revelados que envolvem a construção desta usina que a democracia seja entendida como uma ditadura da suposta maioria, que, neste caso, significa uma ditadura instituída pelo Estado que, submisso as grandes empresas, impõe sobre o povo a marginalização, sem consultá-lo nem mesmo nos casos em que a constituição impõe.
 Por estes motivos, temos que concordar com uma ideia apresentada no editorial: “As minorias no Brasil acabam tendo mais direitos do que a maioria do povo”. Pena que ele não consegue perceber o que é minoria e o que é maioria no Brasil.
Adolfo Oliveira Neto
 Professor da Faculdade de Geografia e Cartografia da UFPA
Os exemplos do passado
Quatro décadas se passaram desde a cerimônia inicial para a UHE binacional de Itaipu. Cerca de 40.000 pessoas – na maioria índios Guarani – tiveram que afastar se e ceder seus territórios tradicionais. Milhões de árvores tropicais foram irremediavelmente perdidas. O reservatório da UHE Sobradinho no Rio São Francisco, deslocou mais de 70.000 pessoas. Muitos atingidos pela obra foram expulsos violentamente. Parte das famílias de pequenos agricultores receberam meses depois uma parcela de terreno em área pedregosa e semiárida, sem infraestrutura e não adequada para a economia de subsistência. Longos períodos de seca na região do semiárido baixam o nível de água e resultam em uma queda acentuada na produção de energia. Os colonos nas proximidades da barragem reclamam até agora a falta de água potável. O desmatamento na bacia do Tocantins, antes da inundação da barragem de Tucuruí, foi insuficiente. Em decorrência a biomassa em decomposição liberta quantidades significativas de gases de efeito estufa. A água estagnada e morta é um viveiro de mosquitos e pragas. O habitat de mais de 20.000 pessoas afundou-se na água. Apenas alguns foram indenizados com uma pequena compensação financeira. Muitos títulos de propriedade dos terrenos, que foram oferecidos para compensação, já foram ajudiciados anteriormente. Para a comunidade indígena Parakanã, a deslocalização foi um corte profundo em sua organização social. Pelo menos 5.000 famílias em Mocajuba, Cametá ou Limoeiro ainda não estão conectados à rede de Tucuruí. Os condomínios luxuosos, construídos para engenheiros e técnicos de outros Estados, hoje estão desocupadas e sem uso, enquanto as favelas se estendem.Eletrobrás proclama 18.000 empregos diretos e 80.000 indiretos para a obra de Belo Monte. Na época da construção da linha de transmissão de energia de Tucuruí à Altamira, centenas de vagas foram prometidas também. Inúmeros candidatos a emprego se alinharam na fila pacientemente, e ainda pagaram uma taxa de inscrição, porém não foram admitidos. Os trabalhos mau pagos foram concluídos com índios da Bolívia.